Consuelo De Castro Leva Consigo A Arte De Fazer Grandes

13 May 2019 19:12
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<h1>Dez Sugest&otilde;es Como Ocupar A Garota Dos Seus Sonhos</h1>

<p>RESUMO Amiga de Consuelo de Castro, a autora rememora a carreira dela e as cartas que trocou com a dramaturga, falecida no &uacute;ltimo m&ecirc;s de junho, aos 70 anos. A jovem apaixonada que se destacou no contexto teatral no conclus&atilde;o dos anos 1960 e teve sua pe&ccedil;a censurada, ficou uma das profissionais mais premiadas de seu meio. A d&eacute;cada de 1960 estava se acabando.</p>

<p>Havia por toda quota um susto brutal de esquerdas e comunismos. Governos militares surgiam e permaneciam. Como decorr&ecirc;ncia, parecia mesmo que o golpe de 1964 viera pra ficar. Claro que havia evidentes confrontos de opini&atilde;o, vozes e grupos que tentavam expressar teu inconformismo, principalmente entre os mais adolescentes e mais politizados, estudantes universit&aacute;rios, na maioria das vezes. Dicas Saiba Como Valorizar Os Olhos Claros Com Acess&iacute;vel Dicas De Maquiagem -se, agia-se e logo vinham pris&atilde;o, castigos, desterro.</p>

<p>A a&ccedil;&atilde;o se apresentava, faltavam apenas as vozes que a representassem. Por que n&atilde;o o teatro? Perto com a repress&atilde;o, veio a censura aos movimentos art&iacute;sticos. E pontualmente o teatro era a modalidade mais atingida naquela data em que a tv era ainda s&oacute; um projeto interessante. O teatro, concretamente, se mostra ao vivo, quente, diante de plateia concreta e possivelmente atuante.</p>

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<li>Pus nas bolhas (bolhas pioradas e tornam-se enrugadas)</li>
<li>3- Pegue um pouco do autobronzeador, espalhe muito bem e de forma uniforme a respeito de toda a pele</li>
<li>O segredo de tudo est&aacute; no corte</li>
<li>dez de setembro de 2017 - 22:51 Falar</li>
<li>vinte e quatro de fevereiro de 2013 &agrave;s 19:32</li>
<li>50-51 24-25 &quot;Adeus Zoey? (BR)&quot;</li>
<li>8 a 9 meses antes</li>
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<p>O p&uacute;blico est&aacute; l&aacute;, reage, e reage escolhendo a maneira mais efetiva, que vai da express&atilde;o aos atos. O Teatro de Arena, em S&atilde;o Paulo, a t&iacute;tulo de exemplo, n&atilde;o ignorava essa realidade, e estava procurando mud&aacute;-la. Ele, entre outros, com novos autores, novos diretores e, principalmente, outras ideias. Agora haviam aparecido Oswald de Andrade, Nelson Rodrigues, Pl&iacute;nio Marcos, todavia havia aparecido assim como, como ficou dito, a Censura Federal, constitu&iacute;da por funcion&aacute;rios p&uacute;blicos de forma especial preparados para cercear e domar a livre express&atilde;o do pensamento.</p>

<p>Faltavam as mulheres, que se projetavam em outros campos, na poesia, pela narrativa ou em tentativas quase sempre frustradas no espa&ccedil;o do teatro. Os primeiros anos da d&eacute;cada n&atilde;o foram, nesse campo, apagados. Surgiam Edy Lima, Hilda Hilst e, modestamente, a que vos fala. Mas n&atilde;o tivemos muita repercuss&atilde;o, apesar de que o protesto estivesse sempre fervendo em n&oacute;s. Corria o ano de 1968. Uma mocinha de dezenove anos, chegada pouco antes de Araguari, em Minas Gerais, estava matriculada pela USP, na Universidade de Filosofia, Ci&ecirc;ncias e Letras (FFCL), mais particularmente em ci&ecirc;ncias sociais.</p>

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<p>A FFCL da USP e a escola Mackenzie dividiam livrarias e bares da rua Maria Ant&ocirc;nia, contudo, claro, os pensamentos eram diferentes. A escola Mackenzie, de origem presbiteriana, tinha de ser, naturalmente, conservadora. A USP, claro, era de outra linha, com teu organismo docente de imediato configurado, predominantemente de esquerda. E a criancinha Consuelo de Castro, 19 anos, liberal, ao menos, e apaixonada por um l&iacute;der combativo e heroico da filosofia, queria escrever. Escreveu, e muito bem.</p>

<p>Censura Federal. Com a superior presteza, contrariando a burocracia logo vigente, vetou-se completamente a exposi&ccedil;&atilde;o e publica&ccedil;&atilde;o da pe&ccedil;a. Em declara&ccedil;&atilde;o recente, uma contempor&acirc;nea e amiga, Leilah Assun&ccedil;&atilde;o, declara, de modo insuspeito: &quot;foi-se com Consuelo de Castro o melhor di&aacute;logo dos nossos tempos&quot;. Incr&iacute;vel di&aacute;logo, sem d&uacute;vida. Mas como se poderia fazer prazeroso di&aacute;logo sem boas circunst&acirc;ncias dram&aacute;ticas, sem grandes protagonistas?</p>

<p>A constru&ccedil;&atilde;o dram&aacute;tica de Desde Que O Universo &eacute; Mundo , em Consuelo de Castro, a portadora perfeito: imagina&ccedil;&atilde;o, sutileza, todavia, tamb&eacute;m, destemor no tocante ao assunto. A Consuelo que conheci, mais ou menos nessa data, era uma guria perfeita, corajosa, atrevida, mas cheia de grandeza e afeto. Amor com seus personagens, inclusive, que casavam generosidade e valor, nas frases e nos atos.</p>

<p>Pra Ver&ocirc;nica, no entanto tamb&eacute;m pra Consuelo, era isto a vida: todo dia, toda hora, um recurso. Uma viv&ecirc;ncia em modo. Est&aacute; por aqui exposta a jovem combatente sem tr&eacute;guas, a que espera um filho, perde o filho, volta &agrave; guerra, por si, pela sua cria&ccedil;&atilde;o, pelas gera&ccedil;&otilde;es vindouras. Consuelo n&atilde;o para, contudo, ap&oacute;s o sucesso, de p&uacute;blico e cr&iacute;tica, de &quot;&Agrave; Flor da Pele&quot;. Ela retorna, em 1974, com &quot;Caminho de Volta&quot;, pe&ccedil;a que recebe tr&ecirc;s pr&ecirc;mios primordiais da cena teatral: o Moli&egrave;re, &agrave; &eacute;poca quem sabe o mais prestigioso, o de melhor autor teatral pela APCA e, finalmente, o Governador do Estado. Uma Combina&ccedil;&atilde;o De Sintomas Poder&aacute; Incluir Convuls&otilde;es da palavra segue na sua competi&ccedil;&atilde;o na promo&ccedil;&atilde;o humana e feminina.</p>

<p>Contudo &quot;n&atilde;o, n&atilde;o possuo nada de feminista. Acho o feminismo um desvio ideol&oacute;gico, um inexato problema&quot;, diz ela, em entrevista ao &quot;Globo&quot;, pela &eacute;poca. Corriam os anos 1980. Consuelo neste instante estava em sua s&eacute;tima ou oitava fabrica&ccedil;&atilde;o dram&aacute;tica no momento em que nos demos conta (ela e eu) de que nos agradava muito digitar cartas. Tenho, desta data, nove ou dez longas cartas da minha amiga, em geral sem data, em geral datilografadas e muito, muito intrigantes. &Eacute; terr&iacute;vel e comovente ver de perto como essa explos&atilde;o se executa em literatura, e &eacute; das mais impressionantes pe&ccedil;as de sinceridade da escritora.</p>

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